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Economia Multimoedas _ A diversidade na economia sintrópica

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A casa de um pilar só Momento de paralisia e cenário de crise é oportunidade que nos faz refletir sobre autonomia . Se um sistema monetarista global quebra , o que acontece ? Pense sobre uma comunidade tradicional , bom exemplo de modo de vida + autônomo . Plantar , colher , coletar , extrair do entorno insumos com mínimo impacto . Trocas monetizadas são possíveis e sempre existiram dentro disso , mas como uma das tantas possibilidades de gerar fluxo  . Em contraponto nas culturas ocidentalizadas que praticamente dominam o globo , temos que o dinheiro é o centro ao redor do qual todas as vidas orbitam . Há aí um forte desequilíbrio , e quando o pilar quebra e a casa cai , esmaga ainda + a vasta base da pirâmide cujo topo é extremamente pesado , por densidade de renda (famoso 1% que concentra a riqueza dos outros 99%) Arte - Victo Ngai Visão Ciclope - monovisões auto centradas Na natureza , sistemas padronizados em "mono" visões são aberrantes , pois "m

Compras Coletivas - Uma lição de Co-responsabilidade

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• Cultura do Individualismo Outro dia pegando carona me perguntei "Por que os carrões nunca param , olham ou dão sinal ?" . Quem pára em geral é gente com seus carrinhos simples . Abrem a porta afastando pro lado os trecos e se desculpando pela bagunça . É comprovado estatisticamente que os maiores índices de solidariedade e colaboração acontecem entre pessoas e comunidades com menor renda . Pensa no samba da rua que junta toda a vizinhança , e na separação quadrada e muda dos apartamentos . Pensa no cuidado coletivo de crianças em cidades interioranas e nas creches com mensalidades de faculdade das grandes cidades . Dia de compartilhar - partilha de excelentes , compras coletivas e produtos artesanais no Chalé Raiz . A colaboração é o antônimo do individualismo . A sociedade do consumo institui o individualismo pra poder fazer sentido - se todos podem ter tudo , sem precisar comprar comprar comprar , qual seria o sentido da máxima : viver pra trabalhar - trab

Bananeira Panc do amor

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Bananeira é um ser que se destaca pra mim na arte de expressar de maneira especial e útil o seu papel no mundo . É uma planta muito tesuda e suculenta , cheia de líquidos , que se auto-multiplica em gerações matrísticas hehehe cheia de órgãos (coração , umbigo , cacho) , simbolismos e funções femininas - planta aquosa , geradora de vida , filtrante - mas também uma planta com suas formas e funções fálicas . Um ser equilibrado e completo . Seu fruto nutre , sacia e agrega a quem o consome . De suas fibras fazem-se tecidos , artesanatos . Sua resina é também medicina . Seu tronco e suas folhas amplas são painéis que drenam , filtram e jogam para a atmosfera toneladas de água por dia . Do chá de suas folhas faz-se um tônico pra fazer o cabelo crescer . A fauna se alimenta e mora nela (levei umas picadas de vespa nativa) . Depois de manejar o círculo de bananeiras , retirei o palmito dos trocos . Toda sua matéria vegetal foi aproveitada para cobrir canteiros (em breve quero culti

Viagem ao Rio - Contrastes , esperança e transição .

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Depois de um ano e várias viagens , voltei novamente ao Rio . Cada viagem é muito agregadora , e essa CERTAMENTE foi um divisor de águas . O Rio tem uma consistente egrégora de medo , e o medo é inimigo do compartilhamento . Mesmo nos prédios , grandes conglomerados de pessoas , a conexão de recursos e "favores" não flui . Até mesmo sugerir um grupo de comunicação entre vizinhos , é rejeitado imediatamente e justificado com histórias de terror . O medo reina no caos , mas iniciativas de bem brotam , vicejam . Não são brotinhos , são árvores gigantes . Não nas frestas ; no coração das favelas , no topo das montanhas mais maravilhosas . Impossível eleger a melhor experiência da viagem , mas ter ido à Pedra da Gávea ganhou o posto de melhor vivência-trilha da vida . Fui guiada pelo Rafael . amigo íntimo do pico , carioca super simpático , uma das pessoas que está à frente do Instituo Responsa na comunidade Querosene em Rio Comprido . O Zeno nos alcançou depois . Um cient

Ihas da Barra - Rio de Janeiro (agosto/2017)

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O Rio de Janeiro é incrível , bastando ativar os filtros certos para a sua visita . Pra mim , foi um pouco difícil desativar os filtros "natureza , lixo zero , small is beautiful , moneyless rolê" , pelo que , com certeza devo desculpas às minhas anfitriãs. Eu ainda sei pouco , e há um ano atrás sabia menos ainda sobre como transitar de maneira mais flexível e neutra . Viajando com a pequena , cheia de bagagem e sozinha .. há um ano atrás , pra cinco cidades . O que mudou hoje em dia : ela cresceu e a bagagem diminuiu . Mas uma coisa de fato me surpreendeu - eu não sabia que haviam ilhas na Barra da Tijuca ! Quando passei por lá para visitar a avó paterna da Celeste , fiz contato com a Mônica Linhares , do Planeta.Doc , que super demonstrou interesse pela ideia quando nos falamos por telefone , em Floripa . Marcamos um encontro na Ilha da Gigóia , mas heim ? Tem que pegar barca ? Tentei lembrar de cabeça outra ilha que não fosse a do Governador ou a Ilha Grande , e

Semente do btf - II

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Estou fazendo uma pesquisa : sempre que encontro casais de longa data , mesmo que os tenha acabado de conhecer , me atrevo a perguntar : Qual é o segredo ? Me bateu essa curiosidade desde que passei a acreditar na monogamia como uma opção a ser considerada - quando meu avô paterno morreu  , após 62 anos de casado , e descobri com surpresa que ali havia mutualismo e amor  em vez de casamento arranjado e submissão . As descobertas são bonitas e interessantes . De início achei que as respostas seriam iguais , mas não . Cada qual me deu uma resposta diferente . Mas parece que , fazendo uma boa média , a coisa fica entre compartilhar objetivos comuns , praticar a tolerância e cultivar a individualidade . Agora deu vontade de fazer uma outra pesquisa (que começa por mim mesma) onde o campo seria ainda mais vasto , mas arrisco dizer que a variedade das respostas , menor . POR QUE OS CASAIS ATUAIS DURAM TÃO POUCO ? Quem disse que isso é estatisticamente verdade , eu não sei . Só vou

Semente do btf - I

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Pela derradeira vez , vou contar a história que já repeti milhares de vezes pra todos que perguntam como começou o Banco de Tempo de Florianópolis . Algumas pessoas se reuniram a partir do grupo Zeitgeist Florianópolis e , inspirados pelo Banco de Tempo de Garopaba , que estava na época com 4 ou 6 meses de funcionamento , resolveu fazer o mesmo em Floripa . Naquela primeira reunião , encontraram-se pessoas de cada canto de Floripa entusiasmados com a ideia , mas que com os corres da vida e distância , foram esfriando . Fui a Garopaba com a Celeste e obtive todas as explicações desejadas do Ique , um dos fundadores do bt de lá , o que me deu bastante amparo e confiança para iniciar o projeto . Eu tinha acabado de parir a Celeste . Era bem fácil levá-la em todos os passeios , era leve , mamava e dormia bastante , então eu sempre que podia , saía e falava sobre o Banco de Tempo pelo norte da ilha , onde morava . Algumas pessoas entravam no grupo e ficavam olhando , mas nada acontec